Canoas (RS) – O Governo Federal acompanha de perto a situação dos municípios afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira (19), o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Wolnei Wolff, iniciou uma série de visitas ao estado para monitorar as condições das cidades e da população atingida pelos eventos climáticos, que causaram novos alagamentos.
Na Região Metropolitana de Porto Alegre, Wolff participou de uma audiência pública no município de Canoas, realizada na sede da prefeitura, onde ouviu lideranças locais e reforçou o apoio do Governo Federal às ações de resposta e reconstrução. A agenda desta quinta-feira incluiu também uma vistoria ao dique do bairro Mathias Velho, estrutura fundamental para a contenção de cheias na região. Ele também esteve no bairro Sarandi, na zona norte da capital gaúcha, que sofreu impactos das chuvas do ano passado e enfrenta novos alagamentos.
O secretário destacou o compromisso do Governo Federal com a reconstrução desde o último desastre. “No dia 2 de maio do ano passado, nós pousamos aqui no Rio Grande do Sul com o presidente Lula, que foi muito categórico ao afirmar: ‘Todo o recurso que for preciso para reconstruir o Rio Grande do Sul, o Governo Federal irá aportar aqui’”, afirmou. Segundo Wolff, desde então, mais de R$ 1,5 bilhão foi liberado para ações emergenciais e de reconstrução, com 1.600 planos aprovados entre junho e dezembro de 2024. “A burocracia existe e tem que existir, mas ela não pode atrapalhar a vida das pessoas”, completou.
O secretário também ressaltou o esforço contínuo da Defesa Civil Nacional para atender às demandas dos municípios, especialmente Canoas, que recebeu mais de R$ 100 milhões em repasses federais. “A gente viu no rosto das pessoas o sofrimento delas. É uma questão psicológica, é difícil, não dá para esperar. O recurso está disponível, então fica difícil colocar isso na conta da burocracia”, disse Wolff, ao criticar a lentidão em algumas ações locais.
Eventos recentes
De acordo com a Defesa Civil estadual, pelo menos 98 municípios gaúchos foram impactados pelas chuvas intensas desta semana, com mais de 78 mil pessoas afetadas. Foram registrados três óbitos — nos municípios de Candelária, Nova Petrópolis e Sapucaia do Sul —, e uma pessoa permanece desaparecida. O número de desabrigados chegou a 1.891, enquanto 3.627 pessoas ficaram desalojadas. Os eventos climáticos causaram alagamentos, deslizamentos e danos em pontes, estradas e edificações.
Os dados mais recentes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil mostram que 24 municípios do estado estão com situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal, e outros 39 planos de ação estão em análise ou já aprovados, totalizando R$ 283 milhões solicitados para ações de resposta, restabelecimento e reconstrução.
O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) mantém o nível de alerta no estado e monitora a previsão de mais chuvas nas próximas 24 horas, com risco alto de inundações nas regiões de Porto Alegre, Pelotas e Santa Cruz do Sul. O Cenad mantém comunicação permanente com agências federais de monitoramento e com defesas civis de estados e municípios, 24 horas por dia, sete dias por semana.
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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional