Representantes de 15 países da América Latina e do Caribe participaram, de 18 a 21 de agosto, de um encontro internacional, em Manaus (AM), para conhecer de perto a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) na Amazônia. A iniciativa teve como objetivo fortalecer a cooperação regional e promover o intercâmbio de experiências em uma área estratégica para a segurança alimentar e nutricional.
O evento, intitulado “Programas de alimentação escolar implementados na Amazônia: desafios e oportunidades”, foi organizado pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), entidade vinculada ao Ministério da Educação (MEC), e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Também contou com o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed), da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (Seduc) e do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Durante a semana, as delegações visitaram escolas, creches, cooperativas, agricultores familiares e comunidades indígenas, conhecendo a prática de programas de alimentação escolar em Manaus, Presidente Figueiredo e Tonantins, municípios amazonenses.
Participaram do encontro representantes dos governos de Belize, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Paraguai, República Dominicana, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Suriname e Uruguai — todos membros da Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES). Criada pelo Brasil em 2018, com apoio da FAO, a rede busca consolidar políticas de alimentação escolar na América Latina e no Caribe.
Na abertura, Máximo Torero, economista-chefe e subdiretor-geral da FAO, destacou que os programas de alimentação escolar beneficiam cerca de 85 milhões de estudantes na região. “São oportunidades-chave para garantir o direito humano à alimentação, promover ambientes alimentares saudáveis e impulsionar o desenvolvimento local por meio das compras públicas”, afirmou.
Para a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba, a inclusão de comunidades indígenas e tradicionais na cadeia produtiva da alimentação escolar tem papel estratégico. “Na Amazônia, o Pnae mostra que é possível conciliar segurança alimentar, respeito cultural e fortalecimento da economia local. Esse encontro abriu espaço para intercâmbios fundamentais, inspirando outras regiões com desafios semelhantes”, disse.
Cecilia Malaguti, responsável pela cooperação Sul-Sul trilateral com organismos internacionais da ABC/MRE, afirmou que o intercâmbio de experiências permitiu aos visitantes conhecer de perto os programas de alimentação escolar do Norte do Brasil e suas particularidades. “Além disso, no final do encontro, os países seguiram construindo juntos a agenda regional de alimentação escolar sustentável, tão estratégica para a região”, afirmou.
Cooperação internacional – Desde 2009, Brasil, FAO e ABC desenvolvem iniciativas conjuntas no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil–FAO, tomando como referência os mais de 70 anos de experiência do Programa Nacional de Alimentação Escolar, que atende diariamente quase 40 milhões de estudantes em todo o país.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do FNDE
Fonte: Ministério da Educação