A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro das Águas e Florestas da Costa do Marfim, Laurent Tchagba, se reuniram nesta quinta-feira (10/7), em Brasília (DF). A missão técnica da Costa do Marfim no Brasil inclui também audiências no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e no Serviço Florestal Brasileiro (SFB) nesta sexta-feira (11/7).
No MMA, os ministros discutiram ações de cooperação estratégicas no caminho para a Conferência do Clima da ONU (COP30), a ser realizada em Belém (PA) Belém (PA) em novembro sob a presidência brasileira. Também trataram sobre as oportunidades relacionadas à bioeconomia como motor de empregos verdes e inclusão social, bem como a intensificação dos esforços conjuntos em pesquisa, inovação e capacitação técnica, com foco em cooperação para soluções que respeitem as diversidades culturais e ecológicas.
Durante a reunião, Marina e Laurent destacaram o potencial de parcerias bilaterais voltadas para a promoção da transição para agricultura de baixo carbono. Outro tema discutido foi a perspectiva de cooperação para a prevenção e o combate ao desmatamento, incluindo potenciais ações de fortalecimento de sistemas de monitoramento da cobertura florestal por meio do Fundo Amazônia, além de modelos inovadores de financiamento e de governança.
“Queremos que a nossa cooperação vá além da área técnica e econômica, mas seja uma troca em termos culturais. Nesse sentido, temos também experiência em agroecologia e em como fazer isso envolvendo comunidades tradicionais”, destacou a ministra Marina Silva.
O diálogo entre Marina Silva e Laurent Tchagba girou em torno também de temas como restauração e valoração dos serviços ecossistêmicos, já que ambos os países compartilham ecossistemas tropicais de alto valor: Amazônia e o cinturão florestal da nação africana. Além disso, o Brasil tem potencial para contribuir no fortalecimento de cadeias produtivas ecológicas na Costa do Marfim por meio de seus institutos de pesquisa, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
- Nações trataram do potencial de parcerias voltadas para a promoção da transição para agricultura de baixo carbono.- Foto: Rogério Cassimiro/MMA.
TFFF
Marina Silva tratou com Laurent Tchagba, ainda, sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), mecanismo proposto pelo Brasil na COP28, que busca proporcionar às nações com florestas tropicais pagamentos em larga escala, previsíveis e baseados em desempenho, com o objetivo de manter e ampliar a cobertura florestal. O objetivo foi incentivar o país africano a se engajar no desenvolvimento da iniciativa.
“O TFFF propõe um mecanismo que financie a manutenção de floresta em pé por hectare, por meio de um mecanismo de mercado que busca alavancar recursos privados, investimentos. A Costa do Marfim é um pais elegível a esse fundo, e convidamos vocês a conhecer mais”, ressaltou André Aquino, chefe da Assessoria Especial de Economia do MMA.
O TFFF deve ser entregue na COP30. Países que podem ser apoiadores da iniciativa – como Reino Unido, Noruega e Emirados Árabes Unidos – e nações detentores de florestas tropicais potencialmente elegíveis para receber pagamentos por área conservada – como Colômbia, Peru, República Democrática do Congo, Indonésia e Gana – expressaram publicamente interesse e apoio à iniciativa.
O TFFF também recebeu apoio do setor privado – incluindo Pimco, Bank of America e Barclays –, organizações da sociedade civil e instituições multilaterais, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
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