Estudantes do Ceará, de Goiás, de Mato Grosso do Sul e de Roraima participaram, entre os dias 12 e 15 de agosto, da etapa estadual para a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil Pelo Meio Ambiente (CNIJMA), um encontro pedagógico criado a partir dos projetos de ação em prol do meio ambiente construídos nas unidades escolares, principalmente por estudantes do 6º ao 9º ano. A conferência é promovida pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), por meio do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O tema proposto para ser debatido e trabalhado nas escolas este ano — “Vamos Transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática” — está alinhado ao lema central da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que visa discutir e negociar medidas para combater as mudanças climáticas, com foco na redução de emissões de gases de efeito estufa e na adaptação aos impactos já existentes. A COP30 acontecerá de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA).
Ceará – O estado do Ceará foi o que mais mobilizou escolas — 54% dos municípios aderiram e promoveram todas as etapas escolares e municipais. A etapa estadual aconteceu de 12 a 14 de agosto. No encontro, o educador ambiental, Sérgio Mota, da Coordenadoria de Educação Ambiental e Articulação Social (Coeas), da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará, proferiu palestra sobre Justiça Climática para um público de 130 professores. Ele destacou a importância da conferência no contexto das mudanças climáticas, para promover a participação e o protagonismo do estudante infantojuvenil na elaboração de propostas. “Neste momento, todos estamos com a responsabilidade, por meio das propostas que aqui serão apresentadas, de contribuir para a construção de um futuro mais justo e sustentável”, disse.
Mato Grosso do Sul – O encontro no Mato Grosso do Sul reuniu, também de 12 a 14 de agosto, 70 estudantes delegados de diferentes regiões do estado, além de professores, especialistas e jovens facilitadores, para discutir e propor ações dentro do tema. A programação incluiu rodas de conversa, oficinas nas chamadas “Estações do Conhecimento” — como Gaia em Jogo, Escrita-Semente, Banho de Floresta, Yoga como Escuta do Mundo e Animais Peçonhentos e Venenosos —, além de apresentações culturais, mostra científica e atividades de integração. O formato seguiu princípios como “Jovem Escolhe Jovem”, “Jovem Educa Jovem” e “Uma Geração Aprende com a Outra”, promovendo trocas entre saberes, culturas e territórios.
Goiás – A etapa goiana reuniu 60 estudantes, 60 educadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil de todas as regiões do estado, promovendo o protagonismo juvenil e o compromisso coletivo com um futuro mais sustentável e justo. A diversidade de instituições envolvidas fortaleceu a construção coletiva e intersetorial da conferência, promovendo um diálogo democrático e plural.
Durante a conferência estadual, que aconteceu de 13 a 15 de agosto, os estudantes — carinhosamente chamados de “delegadinhos” — apresentaram projetos socioambientais desenvolvidos em suas escolas e comunidades e elegeram os 17 delegadinhos para representar Goiás na etapa nacional da CNIJMA.
Roraima – Em Roraima, a etapa estadual reuniu, nos dias 14 e 15 de agosto, estudantes de 54 escolas da capital, do interior e de comunidades indígenas. Foi resultado de um processo iniciado cinco meses antes, quando a secretaria de educação do estado promoveu as etapas escolares. Em cada unidade, estudantes debateram, criaram projetos e elegeram seus representantes. Ao todo, 17.206 alunos participaram dessa construção coletiva.
A Escola Estadual Vereador Francisco Pereira Lima, do município de Mucajaí (RR), apresentou o projeto “Do lixo ao lucro”, voltado à redução do impacto do plástico no meio ambiente. A proposta busca sensibilizar a comunidade sobre a importância da reciclagem e do uso responsável dos recursos naturais. “Já colocamos em prática o projeto na nossa escola, fazendo coleta seletiva e oficina de artes, criando brinquedos e materiais úteis que podem ser aproveitados pela comunidade”, explicou Israel Mota, aluno da escola.
Assessoria de Comunicação Social do MEC
Fonte: Ministério da Educação