Com papel de destaque nas discussões sobre clima e desenvolvimento sustentável, o ministro dos Transportes, Renan Filho, participou nesta segunda-feira (1º) do Fórum Nordeste 2025, em Recife (PE). No evento, ele destacou a importância da infraestrutura para a competitividade da agricultura e indústria da região Nordeste.
“Esse fórum discute vários segmentos da produção de energia brasileira, especialmente aqui do Nordeste, a agricultura, a indústria, passando pelas transformações do mundo moderno. E esse tipo de discussão, que reúne o setor agrícola, industrial, mercado de capitais e as indústrias, é fundamental para manter a região como um polo atrativo”, afirmou o ministro.
Com a proximidade da COP30, que acontecerá em novembro em Belém (PA), o evento abordou os caminhos para um desenvolvimento sustentável no país, frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Foram discutidas as oportunidades geradas pela descarbonização do setor produtivo, a importância da cooperação entre governos regionais e federal para enfrentar eventos extremos e alternativas para uma transição energética justa, equilibrada e eficiente.
Dentro deste contexto, Renan Filho relembrou a retomada da Ferrovia Transnordestina como um projeto estruturante para a logística, sustentabilidade e inclusão da região.
“Poucas iniciativas beneficiam tanto a agricultura e a indústria quanto uma infraestrutura adequada. A Transnordestina representa um novo momento para o Nordeste, trazendo maior competitividade internacional e redução dos custos de escoamento da produção. Além disso, a ferrovia contribui para a redução das emissões de carbono ao substituir o transporte rodoviário por trens, que emitem muito menos gases poluentes”, explicou.
O trecho da Transnordestina em Pernambuco, que havia sido retirado do projeto, será licitado em outubro, com o apoio direto do presidente Lula. Atualmente, mais de 4 mil trabalhadores atuam nas obras da ferrovia, número que deve chegar a 6 mil com a retomada deste trecho, consolidando a Transnordestina como a maior obra de infraestrutura linear em execução no país.
Infraestrutura resiliente
Além de projetos estratégicos como a Transnordestina, o Ministério dos Transportes tem implementado medidas para integrar sustentabilidade, inovação e resiliência climática em sua infraestrutura. Entre as principais iniciativas estão:
- Portaria nº 622/2024 – Infraestrutura Sustentável em Concessões
Estabelece que, no mínimo, 1% da receita bruta dos novos contratos de concessões rodoviárias federais seja destinada a ações de sustentabilidade. As diretrizes incluem incentivo à eficiência energética, uso de fontes renováveis, preservação da fauna e flora, e alternativas sustentáveis para coleta e descarte de resíduos. - Portaria nº 689/2024 – Debêntures de Infraestrutura
Atualiza os critérios para enquadramento de projetos rodoviários e ferroviários prioritários para emissão de debêntures incentivadas. Entre os avanços, destacam-se exigências socioambientais, flexibilização para investimentos em manutenção e modernização, e apoio a projetos alinhados à agenda verde, capazes de atrair financiamento privado. - Plano Clima Setorial
Instrumento central da estratégia climática do Ministério, reúne ações de mitigação e adaptação às mudanças ambientais, focadas na redução de emissões de carbono, promoção de modais mais sustentáveis, modernização da infraestrutura e gestão de riscos climáticos. Está alinhado à Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil no Acordo de Paris. - Integração à Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB)
O Ministério participa da aplicação da TSB no setor de transportes, reconhecida como pilar para a transição energética nacional. A ferramenta estabelece critérios técnicos, sociais e ambientais para classificar atividades econômicas sustentáveis, orientando investimentos que promovam descarbonização e maior resiliência climática. - Cooperação internacional para infraestrutura resiliente
A pasta fortalece parcerias com instituições multilaterais, como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Coalizão para Infraestrutura Resiliente a Desastres (CDRI). Essas colaborações viabilizam apoio técnico e financeiro a projetos sustentáveis, consolidando o Brasil como referência global em transportes de baixa emissão e infraestrutura preparada para eventos climáticos extremos.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes
Fonte: Ministério dos Transportes