Lançamento do edital Viva Pequena África no Docas André Rebouças fortalece representação no Rio de Janeiro

Cultura

A Fundação Cultural Palmares reafirmou seu protagonismo na valorização da cultura afro-brasileira ao sediar, nesta segunda-feira (5), o evento de lançamento do primeiro edital da iniciativa Viva Pequena África, no Armazém Docas Dom Pedro II/André Rebouças — espaço que abriga a representação da Fundação Cultural Palmares no Rio de Janeiro.

O edital é resultado de uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Consórcio Viva Pequena África — formado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), pela Feira Preta e pela plataforma Diaspora.Black — e visa selecionar projetos culturais que fortaleçam a herança africana na Zona Portuária do Rio de Janeiro. A informação é da Agência BNDES de Notícias.

O projeto prevê a destinação de R$ 20 milhões a iniciativas que valorizem a memória e a produção cultural afro-brasileira, para projetos lançados na FCP Rio. A divulgação desse importante investimento foi realizado durante o evento, reforçando o papel estratégico da instituição na promoção da cultura negra

O evento, que aconteceu às 11h, nas proximidades do Cais do Valongo — sítio arqueológico reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural Mundial —, marcou um momento simbólico: foi o primeiro grande ato público realizado no Armazém Docas André Rebouças desde que o espaço passou a ser a representação da Fundação no Rio de Janeiro. 

A força simbólica do Docas André Rebouças

A presença da Fundação como anfitriã reforça seu papel estratégico na preservação e promoção da memória negra no país. O espaço, projetado pelo engenheiro abolicionista André Rebouças, ganha nova vida ao abrigar a representação da Palmares em território fluminense — especialmente em uma área carregada de memória, resistência e identidade negra.

Viva Pequena África: memória e futuro

A iniciativa Viva Pequena África propõe uma ação concreta de valorização de expressões culturais, instituições e lideranças negras em um território que concentra marcos históricos da presença africana e afro-brasileira.

O lançamento contou com representantes do BNDES, do Consórcio Viva Pequena África, da Fundação Cultural Palmares, do Comitê Gestor do Cais do Valongo e de organizações doadoras como Open Society Foundations, Fundação Ford, Instituto Ibirapitanga e Fundação Itaú.

Parte da Iniciativa Valongo, coordenada pelo BNDES em parceria com os ministérios da Cultura e da Igualdade Racial, o projeto visa estruturar o Distrito Cultural da Pequena África, promovendo a restauração de patrimônios históricos, a criação de novos equipamentos culturais e a construção de uma economia sustentável no território.

Um espaço para a memória viva

Ao estabelecer sua representação no Armazém Docas André Rebouças, a Fundação Cultural Palmares reforça seu compromisso com a presença ativa nos territórios históricos da cultura negra brasileira.

 A Pequena África é uma esperança viva — e a Palmares, por meio de sua atuação no Rio de Janeiro, reafirma sua missão de preservar, promover e projetar a cultura afro-brasileira para as gerações presentes e futuras.

Fonte: Ministério da Cultura