Lula critica Bolsonaro e diz que não venderá estatais no seu mandato

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Lula discursa no Fórum de Negócios Portugal-Brasil
Ricardo Stuckert

Lula discursa no Fórum de Negócios Portugal-Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feira (24) seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pela ausência de estabilidade política no seu mandato e por ter vendido patrimônio público para pagamento de dívida.

“Para que um presidente da República possa atrair capital externo, tem que oferecer estabilidade política, social, jurídica e credibilidade, disse em crítica indireta à gestão Bolsonaro. Sem esses fatores, segundo o petista, “ninguém vai colocar 1 centavo no país”.

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A declaração foi dada a empresário e integrantes do governo português no Fórum de Negócios Portugal-Brasil, organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e sua homóloga portuguesa Aicep (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal). O evento ocorre em Matosinhos, no norte do país.

Lula também anunciou que não venderá estatais durante seu mandatos, mas ampliará o diálogo com o setor empresarial. “No Brasil, não vamos vender empresas públicas, vamos dialogar com empresários para construir conosco coisas novas”, declarou.

“[Nos últimos 4 anos,] se vendeu patrimônio [público] para simplesmente pagar juros da dívida pública. Ou seja, o nosso patrimônio ficou menor e a qualidade do serviço não melhorou”, adicionou Lula sobre privatizações, citando como exemplo o caso da Eletrobras.

O presidente disse ainda que, por meio da ajuda do capital externo, investirá R$ 23 bilhões em infraestrutura em 1 ano, 4 vezes o que foi investido durante todo o mandato de Bolsonaro.

Ele citou que as quase 4 mil obras de escolas que foram interrompidas serão retomadas.

Sendo assim, voltou a criticar a taxa básica de juros, a Selic , que está em 13,75% ao ano, encarecendo o crédito para investimento.

Brasil e Portugal renovaram hoje o protocolo de entendimento entre as duas agências de exportação, a Apex e a Aicep. No fim de semana, Lula já havia anunciado a instalação de um escritório da Apex em Lisboa.


Fonte: Economia

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