Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha são oficializados como patronos da MPB

Cultura

Gigantes da cultura nacional, Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha são agora patronos da Música Popular Brasileira. A Lei Nº 15.204, que oficializa a homenagem, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (12). Também assinam o documento as ministras Margareth Menezes (Cultura) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).

“O presidente Lula devolveu à Cultura o seu lugar de destaque. Inúmeras ações foram retomadas ao longo dos últimos dois anos e meio e as políticas públicas para o setor estão ganhando cada vez mais visibilidade e incentivo. Paralelo a isso, importantes atores na construção da nossa identidade cultural estão sendo reconhecidos. Lupicínio [Rodrigues] e Pixinguinha são exemplos maravilhosos do que somos, do que valorizamos e do que precisamos reconhecer. Viva Lupicínio. Viva Pixinguinha. Viva a cultura brasileira!”, comemorou a titular da Cultura.

O título de patrono é concedido a brasileiros que morreram há pelo menos 10 anos e tenham se destacado pela excepcional contribuição em determinado campo de atuação.

Estilo ‘dor-de-cotovelo’

Considerado o criador do estilo “dor-de-cotovelo”, expresso por composições que retratam as dores e desilusões amorosas, Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, em 16 de setembro de 1914.

Entre suas composições mais célebres estão Felicidade, Nervos de Aço e Esses Moços, que foram gravadas por nomes consagrados da MPB e permanecem vivas na memória dos brasileiros. O primeiro sucesso foi a marchinha Carnaval, mas ele obteve reconhecimento com Se Acaso Você Chegasse, também popularizada por grandes vozes.

Lupicínio utilizava a própria vida como inspiração para as canções que compunha. No total, assinou mais de 150 músicas e foi o autor do hino do time do Grêmio. Na vida pessoal, abriu em 1947 uma churrascaria, a primeira de uma série de restaurantes e bares de sua propriedade, e casou-se em 1949. Morreu aos 59 anos, vítima de complicações cardíacas.

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Mestre do choro

Maestro, flautista, saxofonista e compositor, Pixinguinha nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de maio de 1897. Foi responsável por consolidar o gênero choro e teve influência marcante na formação da música brasileira.

Composições de sua autoria como Carinhoso, Rosa e Lamentos são verdadeiros clássicos. Seu legado é celebrado em 23 de abril, Dia Nacional do Choro.

Alfredo da Rocha Vianna Filho, que recebeu o apelido de Pixinguinha da avó, ingressou na música por meio do pai. Participou do grupo de choro Os Oito Batutas, tendo se apresentado no Brasil exterior, e ajudou a definir o estilo com as melodias ricas e arranjos sofisticados que criou. Foi arranjador na gravadora RCA Victor e compôs trilhas para cinema até a sua morte, em 1973, aos 76 anos.

Fonte: Ministério da Cultura