Nesta quinta-feira, 31 de julho, o Ministério da Educação (MEC) lançou, em Maceió (AL), o Observatório da Rede de Inovação para a Educação Híbrida (Rieh). O evento, realizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB), ocorreu na sede do Observatório, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), parceira no projeto. A cerimônia contou com a participação de cerca de 200 pessoas, entre profissionais da educação de 24 redes estaduais e do Distrito Federal, e foi transmitido pelo canal do MEC no YouTube.
A inauguração foi realizada em homenagem ao aniversário da Lei nº 14.945/2024, que estabeleceu a atual Política Nacional de Ensino Médio (Pnaem), cuja implementação o Observatório da Rieh visa apoiar.
A rede foi criada para promover estratégias de educação híbrida em todos os entes federativos do país. A iniciativa proporciona a união de esforços com o compartilhamento de conhecimentos e recursos didático-pedagógicos entre seus integrantes. A rede integra o Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens. A Rieh é uma das principais entregas dessa política e foi concebida para acompanhar, analisar e avaliar a implementação da educação híbrida no Brasil, com a promoção da produção científica e o desenvolvimento de práticas pedagógicas eficazes, alinhadas às necessidades contemporâneas da educação, tanto em âmbito nacional quanto internacional.
Na cerimônia, a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, destacou que o Observatório da Rieh demonstra o compromisso do MEC e das instituições envolvidas com a garantia da educação pública de qualidade no país. Ela comentou, ainda, que nem todas as escolas públicas do Brasil estão conectadas à internet para fins pedagógicos e que é fundamental um posicionamento no mundo digital.
Segundo Schweickardt, “a Rede de Inovação para Educação Híbrida não é para fazer educação a distância, mas para fazer uso das tecnologias, para potencializar as frágeis relações em presença, para dar aos nossos professores e professoras mais ferramentas para se aproximarem das expectativas dessa juventude que está aí na ativa digital”, ressaltou.
Para a secretária, só é possível aprender em um ambiente de aprendizagem de qualidade, que garante que o ensino seja socialmente e identitariamente referenciado, conectado aos currículos e à formação inicial e continuada dos professores.
Schweickardt ainda relatou que esteve na última semana no Amapá, onde funcionam três estúdios da Rieh. “Os alunos apresentam e fazem vídeos, podcasts, e professores gravam a aula. O mais importante de tudo e o que a gente quis com isso aqui não era só entregar os laboratórios e os equipamentos, o que nós trouxemos era a perspectiva da formação”, disse.
Já o coordenador-geral da Rieh, Ibsen Bittencourt, observou que, mais do que uma simples combinação de presencial e on-line, a educação híbrida representa uma mudança na forma de pensar, planejar e promover as aprendizagens nos territórios educacionais. Nesse contexto, a Rieh surge como um marco orientador que oferece princípios, conceitos e diretrizes pedagógicas, para apoiar a implementação de práticas híbridas, com intencionalidade, equidade e inovação”, considerou.
Participação – Ainda participaram do dispositivo de honra na abertura o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica do MEC, Alexsandro Santos; a coordenadora-geral de Ensino Médio do MEC, Valdirene de Oliveira; o governador do estado de Alagoas, Ronaldo Lessa; o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, a vice-reitora da Ufal, Eliane Cavalcante; e o membro do Conselho Administrativo do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (Ness) da Ufal, Ig Bittencourt.
Observatório – O lançamento do Observatório da Rieh marca a consolidação de um espaço moderno, inovador e estratégico, criado para monitorar, avaliar e fomentar a implementação da educação híbrida no país, em todas as redes de ensino participantes. Ele atuará como centro de articulação entre pesquisa, formação e prática pedagógica. O espaço ajudará na tomada de decisão dos gestores acerca das políticas e normativas da educação híbrida e fomentará a produção de conhecimento sobre a educação híbrida no âmbito nacional.
O projeto é resultado de uma parceria entre o MEC e o Ness, um dos mais reconhecidos grupos de pesquisa do país na área de tecnologias educacionais, vinculada ao Instituto de Computação da Ufal. Há uma década o núcleo já beneficiou milhões de estudantes e professores em todo o país, consolidando-se como referência no apoio à formulação e à implementação de políticas públicas educacionais inovadoras.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB
Fonte: Ministério da Educação