O Ministério da Educação (MEC) participou do Segundo Momento de Balanço da Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU (UNFSS + 4), realizado em Adis Abeba, na Etiópia, e coorganizado pelo país-sede e a Itália, entre 27 e 29 de julho. O evento discutiu esforços globais para o combate à fome e à pobreza, destacando iniciativas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), executado pelo MEC.
“Diante de tamanhos desafios que estamos enfrentando globalmente, os países estão desenvolvendo abordagens inovadoras para catalisar a transformação dos sistemas alimentares, por meio de abordagens ecologicamente corretas”, destacou a representante do MEC no evento, Lêda Maria Gomes, coordenadora da Assessoria de Assuntos Internacionais.
Durante a Cúpula, a Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicou o relatório: O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025), que atesta que o Brasil está oficialmente fora do Mapa da Fome, mais uma vez. O dado leva em consideração a média do triênio 2022–2024.
A rápida superação da insegurança alimentar grave, em apenas dois anos, foi possível graças a uma combinação de políticas públicas voltadas para a redução da pobreza, como o Bolsa Família, e o fortalecimento da alimentação escolar por meio do PNAE, além do estímulo à geração de emprego e renda.
O Pnae é amplamente reconhecido no cenário internacional como uma política pública exemplar por sua capacidade de articular segurança alimentar, educação, saúde e desenvolvimento local. Com mais de 70 anos de história, sua experiência acumulada tem despertado o interesse de diversos países, especialmente no contexto da cooperação Sul-Sul.
A política integra a cesta de ações prioritárias da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta da presidência brasileira, que está na Declaração final do G20, que visa acelerar os esforços para erradicar a fome e a pobreza, iniciativa também elogiada durante a realização da cúpula da ONU em Adis Abeba.
Como referência, o Pnae vem sendo estudado e replicado pela Coalizão para a Alimentação Escolar, também presidida pelo Brasil, junto à França e à Finlândia. Em função disso, o país sediará a 2ª Cúpula Global do tema este ano, a ser realizada nos dias 18 e 19 de setembro, em Fortaleza (CE). O evento debaterá como garantir refeições nutritivas a todas as crianças até 2030, contribuindo assim para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).
“As políticas de alimentação escolar têm recebido cada vez mais reconhecimento internacional e o Brasil é uma referência global nesse tema, que já está no centro de nossa cooperação há muitos anos. Essa agenda ganhou ainda mais visibilidade com a Coalizão para a Alimentação Escolar e com a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativas que reforçam o compromisso do Brasil com a erradicação da fome e da pobreza no mundo”, destacou o coordenador-geral de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Saulo Ceolin.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria Internacional
Fonte: Ministério da Educação