MinC detalha estratégias do programa Arranjos Regionais em Seminário na Casa de Rui Barbosa

Cultura

Em atividade no XIV Seminário Internacional de Políticas Públicas da Casa de Rui Barbosa, nesta quinta-feira (4), o Ministério da Cultura (MinC) apresentou o redesenho do programa Arranjos Regionais como eixo central das políticas de territorialização do audiovisual brasileiro.

Milena Evangelista, coordenadora-geral da Secretaria do Audiovisual (SAV), apresentou o histórico da criação do programa Arranjos Regionais e falou sobre o redesenho do programa, enfatizando a importância dos marcos legais e diretrizes para os avanços na governança do programa.

“O esforço que o Ministério fez de 2023 pra cá, foi justamente da gente ter diretrizes para que a gente consiga conversar na perspectiva de gestão e na perspectiva territorial também”, afirmou.

Ainda segundo ela, a experiência acumulada pelos gestores locais com as Lei Aldir Blanc e Paulo Gustavo foi fundamental para esse novo desenho.

Durante a apresentação, reforçou-se que o edital em vigor prioriza regiões estruturalmente menos favorecidas – com 70% dos recursos para Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 30% para Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.

As ações afirmativas obrigatórias foram destacadas como inovação: 50% dos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) para projetos com mulheres cis ou pessoas trans em funções criativas; 25% para empresas com maioria de sócios negros, indígenas ou pessoas com deficiência (sendo 15% exclusivo para negros).

A mesa, mediada por Leonardo Costa (UFBA), contou com a apresentação da pesquisa inédita encomendada pela SAV e liderada por Renata Rocha (UFBA) e Carmen Lima (UNEB).

O estudo comprovou o impacto positivo dos programas Arranjos Regionais e Prodav TVs Públicas na desconcentração de recursos do FSA entre 2012 e 2019: Houve ampliação significativa para produtores fora do eixo Rio-São Paulo, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

Fonte: Ministério da Cultura