A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Márcia Rollemberg, representa o Brasil na 10ª Cúpula Mundial sobre Artes e Cultura, realizada em Seul, Coreia do Sul. Organizado pela Federação Internacional de Conselhos e Agências Culturais (Ifacca, na sigla em inglês) e o Conselho de Artes da Coreia (Arko), o evento começou oficialmente nesta quarta-feira (28) e segue até a sexta (30). A programação reúne formuladores de políticas, representantes governamentais, pesquisadores, gestores e profissionais das artes, cultura e indústrias criativas de diversos países.
A Cúpula tem como objetivo proporcionar o compartilhamento de boas práticas e o debate sobre o impacto dos avanços tecnológicos, da inovação e da digitalização nos setores culturais e as contribuições da cultura para a agenda do desenvolvimento sustentável.
Ao participar da primeira plenária, que trouxe o tema O futuro da cultura em tempos de mudanças exponenciais, Márcia falou sobre a importância da cultura para enfrentar os desafios globais, como as desigualdades sociais, econômicas e tecnológicas. Também defendeu os esforços do governo brasileiro em garantir a cultura como uma área estratégica do país.
“O Brasil, com o presidente Lula, vê a cultura como um bem público. Desde 2023, estamos reconstruindo a agenda da diversidade cultural e da cidadania e fortalecendo o Ministério da Cultura, com a construção de novos marcos legais importantes. Buscamos fazer da cultura uma área estratégica que nos conecte, fortaleça identidades e amplie o entendimento entre diferentes comunidades e povos”, reforçou.
A secretária citou como um exemplo bem-sucedido de cidadania cultural a garantia da participação social na definição de políticas culturais e a gestão compartilhada entre poder público e sociedade civil. Lembrou que o Brasil conta com conselhos de políticas culturais em âmbitos nacional, estadual e municipal, além de realizar conferências, audiências e consultas públicas. Outro destaque foi a Política Nacional de Cultura Viva (PNCV), que atua para fortalecer o protagonismo, a autonomia e o empoderamento dos grupos culturais comunitários.
Atualmente, a Cultura Viva conta com uma rede de mais de 7.200 Pontos de Cultura, distribuídos em 1.600 municípios nas 27 Unidades da Federação. Tornou-se, inclusive, uma inspiração para outros países, especialmente na América Latina.
“Como representante do Brasil, estou disponível para trocar ideias com vocês e encontrar maneiras de colaborar, seja dentro da Ifacca ou bilateralmente. Porque, se a cultura é uma das nossas melhores ferramentas para tornar o mundo um lugar melhor, a cooperação é o caminho mais adequado para alcançá-lo”, concluiu.
Márcia dividiu a plenária com Yarri Kamara, consultora de Política Cultural e escritora de Serra Leoa/ Uganda; Chun-soo Shiniretor, diretor da OD Company da República da Corea, e Alexandra Xanthaki, relatora Especial da ONU na área dos direitos culturais. A moderação foi conduzida por Kristin Danielsen, presidente da Ifacca e CEO de Arte e Cultura da Noruega.
- Foto: Divulgação Ifacca
Fonte: Ministério da Cultura