Teve início nesta terça-feira (13), em Santo Amaro (BA), o I Encontro Nacional da Escola Solano Trindade (I Enescult) e o primeiro Encontro da Especialização em Política e Gestão Cultural. O evento, que se estende até sexta-feira (16), é promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) em parceria com o Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
A cerimônia de abertura contou com a presença de Deryk Santana, secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural, em exercício, representando o MinC; Georgina Gonçalves, reitora da UFRB; Rosselini Diniz Barbosa Ribeiro, coordenadora pedagógica da Escola Solano Trindade (Escult) e do Instituto Federal de Goiás (IFG); e Rita Dias, diretora do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas.
As lideranças presentes destacaram o papel estratégico da cultura no desenvolvimento social e econômico, além de reforçarem a importância da formação e valorização dos trabalhadores culturais.
Segundo Deryk Santana, a qualificação de profissionais, especialmente no setor público, é fundamental para a efetividade das políticas culturais no Brasil.
“É uma felicidade do Ministério da Cultura ter construído essa turma da Especialização, mais de 120 pessoas de todo o país, para que possamos formar uma geração de gestores atuantes em políticas culturais. Estamos vivendo um novo momento na construção da política cultural”, afirmou.
Em sua fala, ele também mencionou políticas culturais bem-sucedidas, como a Lei Aldir Blanc e a Lei Rouanet.
Na sequência, um dos destaques da programação foi o painel Formação e Qualificação para o Mundo do Trabalho em Cultura, que abordou estratégias para ampliar oportunidades e preparar profissionais para o setor cultural.
Deryk Santana, também diretor de Políticas para os Trabalhadores da Cultura, enfatizou a importância de políticas públicas que promovam qualificação, renda, trabalho e garantia de direitos. Ele destacou áreas como formalização, regulamentação de profissões ligadas à cultura e estímulo ao cooperativismo e associativismo.
“Elaborar e implementar políticas públicas para contribuir com o aumento da qualificação, da renda, estimular o trabalho decente e a garantia de direitos”, completou.
Rafael Fontes, colaborador do MinC, reforçou a necessidade de formação contínua no setor cultural, nas artes e na economia criativa, destacando o papel central desempenhado pela Escult nesse processo.
“A formação, a qualificação e o aperfeiçoamento não devem ser apenas uma etapa. Eles devem ser um processo contínuo que consolida a experiência, qualifica os trabalhadores e fortalece o papel da cultura na sociedade”, disse.
Ele também destacou que há uma demanda crescente no campo da produção cultural por maior oferta formativa:
“A Escult pode atuar em todas as etapas do mundo do trabalho e democratizar o acesso à formação. Seu objetivo é descentralizar a oferta no Brasil, qualificar trabalhadores para torná-los mais resilientes às novas tecnologias e apoiar organizações no aperfeiçoamento técnico, além de mapear atuações e certificar profissionais”, afirmou.
O debate contou ainda com a participação de Mônica Braga, representando o IFG, e Luciano Simões, da UFRB.
Programação diversificada
O evento reúne representantes do MinC, UFRB e IFG, além de estudantes e especialistas da área, com uma programação que inclui palestras, mesas-redondas, aulas, painéis e experiências etnográficas.
Entre os destaques, está o primeiro encontro presencial dos alunos da terceira turma da Especialização em Política e Gestão Cultural, que reúne 120 participantes de 20 estados e do Distrito Federal.
A iniciativa também celebra a trajetória da Escult, consolidada como uma plataforma que democratiza o acesso à formação e qualificação no setor cultural, fortalecendo o papel estratégico da cultura no Brasil. A plataforma já registrou mais de 1 milhão de acessos e 100 mil matrículas em cursos gratuitos.
Fonte: Ministério da Cultura
