Brasília, 14/7/2025 – Com a chegada do período de maior circulação de vírus respiratórios e o risco de reintrodução do sarampo no país, o Ministério da Saúde publicou novas orientações para apoiar gestores e equipes da Atenção Primária à Saúde (APS). As Notas Técnica nº 4/2025 e Informativa nº 11/2025 reforçam o papel estratégico das Unidades Básicas de Saúde (UBS) para proteger a população, prevenir complicações e manter a vigilância ativa nos territórios.
As orientações incluem a organização dos fluxos de atendimento para casos de síndromes gripais e respiratórias, além de detalhar procedimentos para o registro correto da Dose Zero (D0) da vacina contra o sarampo, aplicada em crianças de 6 a 11 meses em contextos de maior risco de exposição. O objetivo é fortalecer o trabalho das equipes de saúde nos territórios e garantir o cuidado integral da população.
“As Unidades Básicas de Saúde desempenham um papel central na resposta aos agravos sazonais e na vigilância de doenças imunopreveníveis. O Ministério da Saúde orienta a organização dos fluxos assistenciais para síndromes respiratórias e o correto registro da Dose Zero contra o sarampo, reforçando a atuação territorial da Atenção Primária como componente essenciais para uma resposta oportuna e um cuidado qualificado no Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma a secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas.
Organização do cuidado
A Nota Técnica nº 4/2025 orienta gestores e profissionais da APS sobre como organizar fluxos assistenciais, identificar grupos de risco e intensificar ações de cuidado coordenado frente ao aumento de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A publicação destaca a importância da atuação territorial para enfrentar a circulação de vírus como influenza, covid-19 e vírus sincicial respiratório (VSR).
Entre as recomendações estão:
- Atualização cadastral da população e estratificação de risco
- Atendimento clínico qualificado e encaminhamentos oportunos
- Vacinação de grupos prioritários, com ações dentro e fora das unidades
- Busca ativa de casos, visitas domiciliares e monitoramento
- Integração com a vigilância epidemiológica local para resposta mais eficaz
Dose Zero contra o sarampo
Já na Nota Informativa nº 11/2025, que ocorre em resposta ao risco de reintrodução do sarampo no Brasil, o Ministério da Saúde publicou orientações específicas para garantir o registro correto da Dose Zero (D0) da vacina contra o sarampo, voltada a crianças de 6 a 11 meses e 29 dias em contextos de exposição elevada. A Nota Informativa nº 11/2025 esclarece como os profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) devem registrar a D0 no sistema e-SUS APS, de acordo com a estratégia vacinal utilizada — seja “Intensificação”, quando a dose é aplicada por busca ativa ou demanda espontânea, ou “Bloqueio”, quando ocorre após contato com caso suspeito ou confirmado. O documento também reforça que a D0 não substitui as doses do calendário de rotina (12 e 15 meses), traz exemplos práticos de registro nos sistemas PEC, CDS e app e-SUS Vacinação, e recomenda o uso do curso Educa e-SUS APS para apoiar a capacitação das equipes.
A medida busca garantir que todos os registros reflitam corretamente as ações de imunização, contribuindo para a vigilância, o monitoramento de coberturas vacinais e a prevenção de surtos em todo o país.
Acesse os documentos e materiais de apoio
Nota Técnica nº 4/2025 — Organização da APS frente ao aumento de síndromes gripais e respiratórias.
Nota Informativa nº 11/2025 — Registro da Dose Zero contra o sarampo no e-SUS APS.
Fonte: Ministério da Saúde