Ministra das Mulheres visita Feira Nacional da Reforma Agrária e destaca importância do MST para conter a crise climática

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A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participou neste sábado (10) da 5ª edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em São Paulo (SP). Durante a conferência “Agroecologia: produzir alimentos e enfrentar a crise climática”, ela fez uma fala em defesa da produção de alimentos saudáveis e destacou o papel das mulheres, que são protagonistas neste cenário. Também participaram do debate João Pedro Stedile, dirigente nacional do MST, e Carlos Nobre, do Painel Científico da Amazônia – SPA.

A ministra pontuou que “estamos vivenciando as consequências dessa crise climática, e tudo o que afeta a nossa vida”. E destacou o papel do MST para reverter essa situação, por exemplo, com a produção de alimentos saudáveis. Márcia Lopes disse ainda que pretende, como ministra das Mulheres, se reunir com as mulheres agricultoras, ouvir suas demandas e atuar para garantir que elas tenham acesso a todos os direitos.

A ministra também circulou pela feira e conversou com os produtores nos estandes. “Eu sou uma grande admiradora do MST, que sempre nos ensinou muito. Acompanhei todo o processo de criminalização, de muita violência contra o movimento. E como mulher, e agora como ministra das Mulheres, eu vou andar esse Brasil e reencontrar as mulheres do MST, as mulheres camponesas, as agricultoras familiares. E a gente está vendo aqui como é possível transformar os alimentos, a terra, a produção, a comercialização em alimentos saudáveis. Eu me emociono sempre quando eu venho, quando eu presencio. Esse movimento, que é tão democrático, onde as mulheres têm vez, onde as mulheres têm voz e decidem os rumos que eles tomam”, declarou a ministra em entrevista à imprensa no local.

Além de uma feira de comercialização de alimentos produzidos por famílias assentadas e acampadas de todas as regiões do país, o evento é considerado pelo MST como uma celebração do projeto popular de Reforma Agrária. A atividade oferece a exposição e venda de produtos agroecológicos, lançamentos de livros, oficinas, debates, apresentações culturais e outros espaços formativos que buscam fortalecer a luta pela terra.

Três grandes eixos orientam os debates desta edição: a importância da reforma agrária para assentar famílias acampadas, a produção de alimentos saudáveis e o cuidado com a natureza — este último inspirado na noção de “casa comum”, defendida pelo papa Francisco. O pontífice será homenageado em uma conferência sobre alimentação saudável e sua contribuição à relação entre fé, ecologia e justiça social.

O evento teve início na quinta-feira (8) e vai até o próximo domingo (11) no Parque da Água Branca, Zona Oeste da capital paulista.

Fonte: Ministério das Mulheres