Brasília (DF) – A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) – responsável pela gestão e supervisão dos fundos constitucionais – autorizou a liberação de R$ 105,3 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para a Central Eólica Borborema II, em Pocinhos, na Paraíba.
O recurso corresponde à segunda parcela do financiamento contratado junto à Sudene, que soma R$ 235,7 milhões, e integra a estratégia do MIDR de apoiar projetos estruturantes alinhados ao desenvolvimento regional e à transição energética.
Com oito aerogeradores e potência estimada em 47,2 MW, o Borborema II faz parte do Complexo Eólico Serra da Borborema, formado por quatro parques da EDP Renováveis Brasil, controlada pelo grupo português EDPR.
No total, o complexo dispõe de 21 aerogeradores, 30 km de linhas de transmissão e 123 MW de capacidade instalada, medida suficiente para atender uma cidade de 300 mil habitantes por dia, segundo a empresa controladora. O investimento privado total para a instalação de todo o conjunto é de R$ 1,4 bilhão.
Segundo o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, o parque deve ser inaugurado nas próximas semanas. “O Borborema II integra o maior empreendimento de geração de energia eólica da Paraíba”, afirmou.
Contexto e Geração de Empregos
O projeto já havia recebido R$ 62,6 milhões em fevereiro, com o Banco do Brasil atuando como agente financeiro operador. O investimento total de viabilização do Borborema II é de R$ 437,3 milhões, sendo que o financiamento contratado com recursos do FDNE corresponde a 53% do valor total do projeto. Considerando todas as fases de implantação e operação, estima-se a geração de 56 empregos diretos e indiretos neste projeto. Somando todo o complexo, são 337 vagas geradas.
Fundo de Desenvolvimento do Nordeste
O FDNE é um dos instrumentos de financiamento do MIDR, gerido pela Sudene, voltado a projetos estruturantes do desenvolvimento regional, alinhados ao Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), à Nova Indústria Brasil (NIB) e ao Plano de Transição Ecológica (PTE). O fundo pode financiar até 80% do valor de um empreendimento, com prazos de pagamento de até 20 anos.
Os recursos do FDNE têm sido decisivos para a instalação de parques eólicos e solares em toda a Região, além de viabilizar iniciativas como a Ferrovia Transnordestina, a fábrica automotiva da Stellantis em Goiana (PE) e a modernização do saneamento básico da Região Metropolitana do Recife.
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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional