Portaria define que Acre terá reforço de brigadas federais pelo Prevfogo para o combate de queimadas ilegais

Acre

O governo do Acre deve ganhar reforço no combate aos incêndios florestais, segundo determina a Portaria nº 60, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O apoio foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira, 9, e permite a contratação de brigadas federais pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – Prevfogo.

Essas brigadas federais temporárias, compostas por brigadistas, chefes de brigada e chefes de esquadrão, devem atuar nas cidades de Brasileia, Sena Madureira, Feijó e Cruzeiro do Sul.

O texto ainda permite a contratação de agentes federais de informação de prevenção e combate aos incêndios florestais; chefe de esquadrão e brigadistas de queima prescrita; supervisores federais de prevenção, monitoramento, logística, operações e tiro quente, além de supervisores estaduais de brigadas, de prevenção e combate aos incêndios florestais para apoio às coordenações estaduais do Prevfogo.

Segundo o documento, Rio Branco deve ganhar um agente federal de informação de prevenção e combate a incêndios florestais, além de dois supervisores estaduais de brigadas, de prevenção e combate aos incêndios florestais, para apoio à coordenação estadual do Prevfogo.

Fica o Centro Especializado Prevfogo responsável pela seleção, contratação, administração e gerenciamento das atividades das brigadas.

Acre terá reforço de brigadas federais pelo Prevfogo para atuar em quatro municípios, define portaria. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que foram registrados, de janeiro até 11 de maio deste ano, 47 focos, segundo dados do satélite de referência (AQUA Tarde). O município de Rodrigues Alves lidera o ranking, com um total de 14 focos, seguido do município de Cruzeiro do Sul, com 10 focos, e Tarauacá, com 9 focos.

O princípio do Risco de Fogo é de que quanto mais dias seguidos sem chuva, maior o risco de queima da vegetação (Inpe). Observa-se que o risco de fogo mínimo a baixo é previsto para a maior parte do território do estado.

O risco de fogo médio a crítico é previsto para áreas localizadas nos municípios de Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Porto Acre, Rio Branco, Sena Madureira, Manoel Urbano, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Marechal Thaumaturgo.

A parceria entre União e governo estadual tem sido fortalecida em ações em todo o estado. Em março deste ano, gestores e técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre (Sema) estiveram reunidos com representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para debater ações do Programa União com Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais e do Projeto Floresta + no Acre, uma iniciativa do governo federal que destina investimentos para promover o desenvolvimento sustentável e o combate ao desmatamento e incêndios florestais.

O programa é destinado para os 81 municípios do país com maior índice de desmatamento. No Acre, cinco cidades foram selecionadas como prioritárias para a implementação do programa: Rio Branco, Sena Madureira, Manoel Urbano, Tarauacá e Feijó. Esses municípios receberão recursos federais para fortalecer a atuação local na área de regularização ambiental, fundiária e assistência técnica rural.

Na ocasião, o secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, destacou a importância da parceria com o governo federal para a execução dessas iniciativas no estado.

“Nesse encontro tivemos a oportunidade de entender como esse programa vai atuar no território acreano. Os cinco municípios prioritários receberão recursos do governo federal para ampliar o atendimento, e, em parceria com o Estado, realizaremos análises de regularização ambiental, utilizando o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) e o escritório do Cadastro Ambiental Rural para uma atuação mais eficiente nesse processo”, afirmou o secretário.

Fonte: Governo AC