O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participou na manhã desta sexta-feira (23), da 15ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas (GCF Task Force). O evento que aconteceu entre os dias 19 a 23 de maio, reuniu delegações de 43 estados e províncias de 11 países, para discutir e pactuar compromissos para a redução dos impactos ambientais, garantindo a preservação da flora, da fauna e, sobretudo, da espécie humana.
O prefeito da capital, falou sobre a importância de investimentos para ser possível cuidar do meio ambiente e oportunizar condições de vida digna a sociedade. Ele destacou que uma solução viável seria a assistência ao produtor rural.
“Quando a gente fortalecer realmente a agricultura familiar, dando todo suporte para ela, como já aconteceu nesses mais de 4 mil hectares que mecanizamos durante esses últimos três anos, esses agricultores não vão mais desmatar porque eles conseguirão ter uma renda boa apenas com a mecanização de parte da sua área”.
Para Gladson Cameli, governador do Estado do Acre e presidente da 15ª reunião, o evento vem para mostrar como o estado tem se tornado um pioneiro na implementação de políticas públicas voltadas à sustentabilidade ambiental.
“Ontem, na discussão entre nós governadores, tivemos um debate muito aberto e vimos que as necessidades são idênticas e reafirmamos um compromisso de união para irmos com propostas que possam ser executadas, até porque o tempo é o nosso maior adversário. Então, temos que executar o quanto antes para cumprirmos com a nossa obrigação.”
O último dia do evento foi marcado com a presença da ministra de Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva. Na ocasião, os governadores realizaram a entrega da carta-proposta à ministra que será apresentada na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), marcada para novembro deste ano, em Belém do Pará.
De acordo com Francisca Arara, secretária Extraordinária de Povos Indígenas do Estado, a reunião é uma preparação para a COP 30, um evento anual onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças climáticas.
“A gente quer que esses espaços sejam institucionalizados, tenham fundos climáticos, nacional, internacional e municipal, para darmos resposta aos trabalhos dos territórios e mantermos as florestas. Um trabalho não funciona só como recurso público, tem que ter mecanismos de financiamento climático para apoiar a segurança alimentar, recursos hídricos e a implementação dos planos de gestão.”
