Setor esportivo movimenta R$ 183,4 bilhões e reforça papel da Lei de Incentivo ao Esporte

Esporte

O setor esportivo brasileiro movimentou R$ 183,4 bilhões em 2023, o equivalente a 1,69% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, superando até mesmo o percentual da área cultural, que foi de 1,55%. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (26), no Rio de Janeiro, durante o lançamento de um estudo inédito conduzido pela organização Sou do Esporte, com apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e outras entidades.

Os números evidenciam o peso do esporte na economia e podem embasar a permanência da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), mecanismo de renúncia fiscal do Governo Federal que permite a destinação de parte do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas para projetos esportivos.

De acordo com o estudo, a cada R$ 1 investido por meio de recursos públicos no setor, há um retorno de R$ 12 para a economia. O levantamento englobou desde a prática esportiva por razões de saúde e lazer até o esporte de alto rendimento.

O dinheiro injetado no esporte não é despesa é investimento e não tem apenas retorno social, mas também retorno econômico.”
Giovanni Rocco 
Secretário Nacional de Apostas Esportivas e Desenvolvimento Ecônomico

“O dinheiro injetado no esporte não é despesa é investimento e não tem apenas retorno social, mas também retorno econômico. Tem impacto na vida das pessoas, na carreira dos atletas, na saúde, mas também no valor do PIB. Sendo o PIB do Esporte maior que o PIB da Cultura, isso traz um divisor de águas na construção das políticas públicas e nos investimentos no esporte. É um balizador, um trabalho muito importante”, afirmou o secretário nacional de Apostas Esportivas e Desenvolvimento Econômico, do Ministério do Esporte, Giovanni Rocco, que representou a pasta durante a apresentação do documento.

A presidente do Sou do Esporte, Fabiana Bentes, responsável pelo estudo, reforçou a relevância do levantamento como ferramenta para orientar políticas públicas e atrair o setor privado. “É um marco para o Brasil em termos de entendimento sobre o que de fato o esporte pode gerar em termos econômicos. É claro, é legítimo que o esporte é inclusão social, mas inclusão social só é feita com seriedade e com resultados a partir de muito investimento. O PIB hoje clareia todo o sistema desportivo, o sistema público, a iniciativa privada clareia o valor que o esporte tem, por isso nessa análise nós conseguimos concluir que a cada 1 real do investimento público do esporte retorna 12 reais. Isso é a comprovação do que todo mundo acreditava”, afirmou.

O relatório também detalhou os segmentos que mais contribuíram para a composição do PIB do esporte em 2023:

  • Comércio de artigos esportivos: 52%
  • Atividades recreativas: 25%
  • Indústria: 13%
  • Mídia e publicidade: 7%

O estudo reforça o papel estratégico do esporte como vetor de desenvolvimento econômico e social, evidenciando a importância de ampliar os investimentos na área, além de garantir a continuidade de políticas públicas como a Lei de Incentivo ao Esporte.

“Ao traduzir o esporte em números, o relatório oferece aos formuladores de políticas e investidores uma nova perspectiva: o esporte não é apenas entretenimento, mas um ativo estratégico para a economia”, completou Fabiana Bentes.

O relatório PIB do Esporte Brasileiro, utilizou para base dados oficiais, como da Receita Federal, IBGE, CNPJs setoriais e órgãos de fomento, além da coleta de dados em bases públicas e através de questionários enviados para instituições esportivas. Também foram somados os dados da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), Lei de Incentivo ao Esporte, Secretarias e Ministério, e da Loteria Federal.

Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte

Fonte: Ministério do Esporte