Site do governo visa chegar aos líderes do crime organizado

Justiça

Foto: Tânia Rêgo

O secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, defendeu, nesta terça-feira (9), que o site Captura, lançado nesta semana pelo governo federal, tem como alvo principal chegar aos líderes do crime organizado. Em entrevista à TV Brasil, ele disse que o projeto ajudará a rede de segurança dos Estados e motivará denúncias por parte da população. 

“A ideia é que se possa potencializar a possibilidade de captura. São criminosos que podem se dizer centrais para a estrutura do crime organizado”, afirmou. Sarrubbo destacou que se trata de um programa do Ministério da Justiça e Segurança Pública junto com as unidades federadas. 

Para montar a lista de foragidos, cada unidade da federação deve elencar oito criminosos principais. Assim, a lista contará com 216 foragidos mais procurados do país. O site, segundo Sarrubbo, vai colaborar para que o ministério possa integrar ações de inteligência de forma que se possa chegar aos criminosos.

Ele explicou que, com a realização das capturas, a lista vai sendo atualizada. O secretário nacional contextualizou que o projeto se iniciou pelo Rio de Janeiro em vista de que “várias lideranças de organizações criminosas de todo o Brasil” estariam naquele Estado.

Recompensas

Sarrubbo acrescentou, também na entrevista, que o projeto contará com denúncias da população, mas que o Estado deve oferecer suporte de segurança a quem possa colaborar. “É muito importante que o Estado dê garantias de sigilo e de proteção a essas pessoas. E esses mecanismos estão sendo construídos.

Uma das possibilidades é que haja até pagamento de recompensas no futuro a quem puder colaborar. Segundo o Ministério da Justiça, está sendo montado um grupo de trabalho interno para discutir a viabilidade legal e prática dessa possibilidade a fim de ser implementada nas próximas etapas do programa.

“Isso está sendo construído com muita atenção para que isso possa estimular as pessoas a denunciarem”, disse o secretário.  O ministério informou que denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais 190 e 197.