Dez cidades do Rio Grande do Sul são afetadas por fortes chuvas

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou, nesta terça-feira (1º), que dez municípios registraram algum tipo de ocorrência causada pela forte chuva que atingiu principalmente a Região Metropolitana de Porto Alegre, na tarde de segunda-feira (31).

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou – em poucas horas – mais de 60 milímetros (mm) de chuva em Porto Alegre.

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Produtor afetado pelas chuvas pode pedir renegociação de dívidas

Os produtores rurais que tiveram prejuízos por consequência das fortes chuvas que atingiram o Paraná em outubro podem solicitar a renegociação de dívidas junto a bancos e instituições financeiras. No mês de outubro, segundo dados do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), o Estado teve o maior volume de chuvas dos últimos 26 anos. Em alguns municípios, os í ndices acumulados ficaram acima dos 650 milímetros, quando a média é de 240 milímetros . As regiões mais afetadas foram Sudoeste, Sul e a Região Metropolitana de Curitiba (RMC).Tradicionalmente, no Paraná, outubro é o mês em que os produtores rurais começam a colheita do trigo e da cevada. Como o clima nesse ano está sob influência do fenômeno El Niño, com chuvas acima da média, o manejo das plantações de cereais de inverno já vinha sendo conduzido com dificuldades.

A estimativa inicial do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) prevê uma quebra significativa no volume de trigo a ser colhido. Inicialmente, a projeção era de que o Estado produzisse 4,6 milhões de toneladas, mas o número final deve fechar em 3,8 milhões de toneladas.

O pior, no entanto, é a queda na qualidade, já que os cereais de inverno têm descontos conforme a classificação de grãos feita na entrega. “Somado à quebra, estamos em um momento de preços baixos. A soma de todos esses fatores faz o produtor segurar a venda e já estamos com os armazéns lotados”, explica Ana Paula.

Ainda de acordo com boletim da Seab, até o fim de outubro, 89% das lavouras de trigo tinham sido colhidas, sendo que os 11% ainda por colher estão classificados em 42% como boas, 44% como médias e 14% como ruins. Também foram registrados altos índices de pragas e doenças como brusone e giberela, umidade excessiva do solo, atraso na colheita, alta umidade dos grãos, e outras adversidades.

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