TSE quer ouvir Torres sobre ‘minuta do golpe’ e ‘lives’ com Bolsonaro

Política Nacional

Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil – 21/06/2022

Anderson Torres foi ministro da Justiça de Bolsonaro

Benedito Gonçalves , ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu autorização ao ministro Alexandre de Moraes ouvir o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres .

Segundo o magistrado, o objetivo de coletar o depoimento de Torres é para que haja um esclarecimento da parte do ex-ministro sobre a chamada “minuta do golpe”, além das lives com o ex-presidente Jair Bolsonaro que atacavam às urnas eletrônicas, em 2021.

Considerada institucional por diversos especialistas, a minuta do golpe foi encontrada por agentes da PF durante buscas na casa de Anderson Torres. O documento criminoso pregava a instauração de  um estado de defesa na Corte e mudar o resultado das eleições de 2022.

Após ser encontrada, o documento foi incluído em uma investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro a pedido do PDT. Na ação, o ex-mandatário é acusado de abuso de poder político, além do uso indevido dos meios de comunicação para atacar o sistema eleitoral brasileiro. Esse tipo de ação pode levar à inelegibilidade de políticos.

A oitiva com Torres deve ocorrer no próximo dia 16 de março, às 10h. No entanto, é necessária a autorização de Moraes para que ele seja ouvido, já que ele está em prisão preventiva que foi determinada pelo ministro.

O depoimento de Torres deve servir para esclarecer questões documentais, além da participação dele em lives de Bolsonaro em julho e agosto de 2021, em que o ex-presidente usou informações sigilosas de um inquérito da Polícia Federal que investigou supostos ataques ao sistema do TSE. 

A ação que envolve Bolsonaro já está em fase de coleta de provas. Até o momento, foram ouvidos de ex-ministros, como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Carlos França (Itamaraty). Segundo Benedito Gonçalves afirmou na decisão de hoje, as autoridades ouvidas afirmaram que “não tiveram envolvimento significativo no evento e desconheciam o que seria tratado”.

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Fonte: IG Política

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