Para tornar a proteção social mais rápida e eficaz para famílias de baixa renda em situações de desastres naturais, técnicos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) participaram de um workshop no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em São José dos Campos (SP), na quinta-feira (25.09) e sexta-feira (26.09). O objetivo foi debater formas de usar dados e alertas para antecipar ações em áreas vulneráveis, que são as mais impactadas pelas mudanças climáticas.
O Cemaden, unidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é responsável por monitorar riscos e emitir alertas de desastres no país. A troca de experiências reuniu técnicos do MDS das secretarias nacionais de Assistência Social (SNAS), de Renda de Cidadania (Senarc), da Secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, da Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (SAGICAD) e do gabinete do ministro.
A coordenadora-geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos, Elisângela Sanches Januário, destacou o desafio de garantir segurança alimentar em territórios afetados pelas mudanças climáticas. “Estamos muito preocupados sobretudo com desastres de progressão lenta, que são as secas e estiagens, porque esses eventos afetam a produção de alimentos e o acesso à água”, afirmou.
Já a coordenadora-geral de apoio à gestão do SISAN, Natália Doria, apresentou o protocolo de ação integrada do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional para situações de desastre. “O documento visa orientar a atuação das instâncias do SISAN para garantir a segurança alimentar, nutricional e hídrica”, explicou, detalhando que a ferramenta fornece diretrizes para prevenção, resposta e recuperação.
Já o assessor do ministro e coordenador do Comitê Permanente de Calamidades Públicas e Emergência, João Guilherme Araújo, enfatizou a importância dos dados do Cemaden para aprimorar a assistência social, a distribuição de alimentos, além de estratégias para programas como o Bolsa Família.
“O comitê foi recentemente criado pelo ministro Wellington Dias e temos participação essencial na produção de dados e na definição da atuação da pasta na preparação, resposta, desmobilização e reconstrução social em casos de desastres, sejam eles causados por secas, enchentes, incêndios, ou envolvendo refugiados e migrantes, entre outras tragédias que são alvo de atuação do MDS”, afirmou.
Luciana Coutinho, técnica da Senarc, afirmou que a parceria com o Cemaden é crucial para integrar informações qualificadas e em tempo real ao ministério. “Isso permite antecipar e aprimorar as políticas sociais de proteção, oferecendo suporte às famílias que, além das vulnerabilidades de renda, enfrentam desastres naturais”, disse.
Já o técnico Antônio José Neto Mancuzo, da SNAS, definiu o propósito do intercâmbio como a união de expertise sociocientífica para aprimorar as respostas em contextos de emergência. “Para garantir maior proteção social às pessoas vulnerabilizadas, a expertise do MDS será unida, no âmbito de um acordo de cooperação técnica”, declarou. O acordo visará o intercâmbio de dados, ferramentas e sistemas de informação, além de promover maior comunicação e participação social no mapeamento de territórios suscetíveis a desastres.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome