Plano Nordeste Potência pode gerar até 2 milhões de empregos

Economia Meio Ambiente

Com a parceria de organizações da sociedade civil, o documento traz recomendações e propostas para o desenvolvimento sustentável da região

Ilustração: Instituto Clima e Sociedade (ICS)

O “Plano Nordeste Potência – Mais Emprego, Mais Água, Mais Energia para o Brasil” foi lançado em julho e se baseia no respeito às comunidades e em fontes energéticas como vento, sol e água. Está prevista a geração de até 2 milhões de empregos nos próximos anos. São cinco eixos prioritários: gestão pública direta, capacitação de mão de obra, participação social, geração distribuída e revitalização da bacia do rio São Francisco. O documento foi entregue ao presidente do Consórcio Nordeste e governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Mais empregos e cidadania

Ao todo, 66 gigawatts de potência em energia renovável foram outorgados para o Nordeste, o equivalente a quase cinco vezes a potência da hidrelétrica de Itaipu. Destes, 34,4 GW referem-se a projetos eólicos e outros 28,7 GW a projetos solares. A implementação de boa parte das outorgas, além do crescimento para a geração distribuída, deve gerar mais de 2 milhões de empregos, número que pode aumentar considerando-se os investimentos em novas tecnologias como o hidrogênio verde.

“O Nordeste está hoje passando por grandes mudanças. Ao mesmo tempo que as energias renováveis crescem, é preciso garantir que essa expansão seja feita de maneira ordenada, com menos impacto e com bases sólidas para que um mercado de trabalho com empregos bons e qualificados se forme”, disse Aurélio Souza, do Instituto ClimaInfo, no lançamento do plano.

A população está ao lado do Plano, que tem prazo de 12 anos. Pesquisa realizada pelo IPEC indica que 64% dos brasileiros concordam que a indústria verde é o melhor modelo para o futuro da economia do Brasil. Para 73% dos brasileiros e 74% dos nordestinos, o desenvolvimento de uma indústria verde no país deve ser prioridade para governo federal e governos estaduais.

O investimento na revitalização do rio São Francisco é outro ponto de debate fundamental. Os reservatórios que já existem podem funcionar como bateria para as fontes eólica e solar, oferecendo segurança ao sistema nacional e reduzindo uso de térmicas fósseis. Os usos múltiplos da água devem ser levados em consideração, com, por exemplo, a recuperação de cerca de 3,3 milhões de hectares em reservas legais e áreas de preservação permanente – que, por lei, deveriam estar intactos.

A iniciativa é fruto da parceria entre o Centro Brasil no Clima (CBC), Fundo Casa Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto ClimaInfo, com apoio do iCS. 

Leia o Plano!

Fonte: Instituto Clima e Sociedade (iCS)

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