FNE 2026 fortalece agricultura familiar, microcrédito e economia criativa no Nordeste

Geral

Brasília (DF) – A programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para 2026 traz avanços em relação ao exercício anterior, com foco em inclusão produtiva, inovação e sustentabilidade. A resolução que define as diretrizes e prioridades para a aplicação dos recursos foi publicada no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (12), pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) — autarquia federal vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

As regras gerais orientam a formulação dos programas de financiamento e a seleção de projetos, garantindo a contribuição do fundo para o crescimento econômico e social da sua região de abrangência. Destaca-se que as linhas de crédito dos Fundos Constitucionais de Financiamento são voltados tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

Uma das principais novidades do FNE 2026 é o tratamento diferenciado para projetos da agricultura familiar em sistemas agroecológicos, de produção orgânica e de micro e pequenas empresas. Essa medida está relacionada ao fortalecimento do microcrédito produtivo orientado AgroAmigo, e amplia o acesso de cooperativas e associações ao Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO).

O coordenador geral de Fundos de Desenvolvimento e de Financiamento da Sudene, José Wandemberg Almeida, explica que as condições especiais (como juros reduzidos e possibilidade de renegociação em caso de perdas por seca ou pragas) incentivam a organização coletiva, e a inclusão de trabalhadores formais e informais. “Também buscamos incentivar a organização coletiva, por meio de cooperativas e associações, para que a agricultura familiar tenha mais força e estrutura. A ideia é garantir que esses produtores, que muitas vezes dispõem de menos recursos, possam ter acesso ao crédito de forma mais facilitada e com condições diferenciadas”, ressalta.

José Wandemberg Almeida explica que simplificar as regras ajuda os agricultores a se organizarem em cooperativas e associações, facilitando o acesso ao crédito. “Incentivamos o agricultor a trabalhar com entidades que estejam mais organizadas, como cooperativas e associações, e tenha uma melhor organização coletiva. O intuito é fazer com que o próprio agricultor, que tem menos recursos, possa ter um acesso mais facilitado ao crédito”, afirma.

Economia Criativa

O setor da economia criativa também ganhou espaço entre as prioridades do FNE. Atividades ligadas à cultura, consumo, mídias e tecnologia passam a ter tratamento preferencial, incluindo o segmento entre as áreas estratégicas de apoio dos Fundos Constitucionais.

Com essas inovações, o FNE reforça seu papel como instrumento de transformação econômica e social no Nordeste, apoiando desde pequenos empreendimentos familiares até setores de ponta ligados à inovação.

 


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Fonte: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional