Ministro da Educação representa Brasil em missão a Moçambique

Educação

O ministro da Educação, Camilo Santana, representou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na solenidade que celebrou os 50 anos da independência de Moçambique, comemorada nesta quarta-feira, 25 de junho. Os atos foram realizados no Monumento dos Heróis Moçambicanos e no Estádio da Machava, em Maputo, Moçambique. Os eventos contaram com a participação de chefes de Estado e autoridades de nações que integram a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP). 

25/06/2025 - Celebração dos 50 anos da Independência Nacional de Moçambique. Fotos: Divulgação/MEC

“Com muita honra, representei o presidente Lula nos atos de celebração dos 50 anos da independência nacional de Moçambique. É um momento simbólico para o povo moçambicano e também para a internacionalização da educação brasileira. Um país irmão, que caminha conosco na CPLP”, declarou o ministro.

Santana pontuou que, nesses 50 anos, diversos projetos de colaboração permitiram a técnicos e professores de cada país conhecerem mais de perto a realidade da nação amiga. “Renovamos essa aproximação, para que possamos cada vez mais contribuir para a vida dos nossos cidadãos”, afirmou. 

Entre os atos que marcaram as comemorações, convidados moçambicanos e estrangeiros prestaram visita ao Memorial dos Heróis Nacionais e, no estádio da Machava, palco do anúncio oficial da Proclamação da Independência, 50 anos atrás. A convidada de honra foi a presidente da Tanzânia, Samia Suluhu. 

Em seu discurso, o presidente de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, defendeu a importância da união nacional em prol do desenvolvimento. Em um dos momentos mais emocionantes da cerimônia, um ator representou Samora Machel, primeiro presidente do país, lendo o discurso que este fez há 50 anos atrás, quando proclamou “a independência total e completa de Moçambique”.  

Líderes religiosos de diversas denominações também promoveram orações, que foram seguidas por desfiles civis e militares. Encerradas as atividades oficiais, o ministro Camilo Santana também se reuniu com figuras que fazem parte do histórico da cooperação educacional Brasil-Moçambique, como reitores e o atual leitor brasileiro da Universidade Eduardo Mondlane, além de representantes de ONGs que atuam em projetos educacionais no país, dentre outros.

Relação bilateral – Brasil e Moçambique mantêm significativa relação bilateral em temas relacionados à educação. A cooperação bilateral é intensa e a área educacional sempre esteve entre as mais presentes dentre as áreas de cooperação. O Brasil concedeu mais de 8.000 bolsas de estudo, totais ou parciais, a jovens, cientistas e pesquisadores moçambicanos desde a independência do país. 

Ao longo dos anos, Moçambique foi também o país-piloto de numerosas iniciativas de cooperação educacional brasileiras, a exemplo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e do Programa Pró-África, voltado à qualificação para professores universitários. 

Outro destaque entre as ações de cooperação é o Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG), para o qual Moçambique é o segundo país que mais enviou nacionais desde 2000, ficando atrás somente da Colômbia. Desde o início do programa, 507 estudantes moçambicanos foram selecionados. O último edital foi, entre todos, o que apresentou maior demanda para a participação de moçambicanos na modalidade graduação (PEC-G), com 65 inscrições. O aumento pode ser explicado pela oferta complementar de bolsas feita por entidades japonesas a estudantes moçambicanos no âmbito de uma cooperação trilateral. 

Em contrapartida recente, em 2024, o país recebeu 50 estudantes brasileiros, que realizaram atividades de intercâmbio junto à Universidade Pedagógica de Maputo (UP), por intermédio de projetos que envolveram a CAPES, o MEC, e o Ministério da Igualdade Racial. 

Assessoria de Comunicação Social do MEC 

Fonte: Ministério da Educação